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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Secretaria de Educação do DF lançará 400 vagas para o cargo de professor

Durante a greve o governador mentia de forma despudorada e indecente afirmando que não existia no Brasil um salário de 1.300,00 em regime de 20 horas para os professores. Vejam abaixo a prova :

Do CorreioWeb

Professores interessados em trabalhar no governo do Distrito Federal podem se preparar. Na próxima sexta-feira (4/6), a Secretaria de Educação do DF lançará concurso público com 400 vagas para a carreira de magistério.

O salário inicial para uma jornada de 40 horas por semana é de R$ 3.720, enquanto para 20 horas é de R$ 1.381. As vagas ao para as disciplinas de Atividades (1ª a 4ª do ensino fundamental), Artes, Biologia, Filosofia, Física, Inglês, Espanhol, Francês, Português, Matemática, Química, Sociologia e Música.

Há também chances para ministrar aulas da educação profissional, nas áreas deAdministração, Contabilidade, Eletrônica, Eletrotécnica, Farmácia, Fisioterapia, Informática, Odontologia, Psicologia e Telecomunicações.

http://www.dzai.com.br/papodeconcurseiro/blog/papodeconcurseiro?tv_pos_id=60264

SUSPENSÃO DA GREVE E ACORDO

Há alguns dias venho buscando uma resposta para a pergunta que me foi feita por uma educadora. Ela quis saber a minha opinião sobre a suspensão da greve e o então acordo que "deu" origem ao fim do movimento. Dar uma opinião individual parece coisa simples, mas quando se tem em mente os dias paralisados e as horas de tensão em prol de uma causa maior que não foi solucionada, torna-se muito difícil opinar.
Gostaria de poder dizer que o movimento não foi político. Mas se o objetivo inicial não foi abalar politicamente o poder em exercício, tornou-se necessário por força das respostas negativas ao andamento das reivindicações e as tentativas de negociações. A cada atitude repressiva, aumentou-se aos poucos a rejeição pelos causadores do massacre financeiro feito a categoria há anos. E isso é político. Como é político também as relações sociais em si. Portanto, foi um acordo político.
Então, politicamente vejo o acordo como uma estratégia de recuo, inteligente... Ganha o Governo com o fim do movimento e a possibilidade de ter tempo para novas manobras; e ganha a categoria em greve por sair ilesa, embora as culpas e sentenças a ela atribuidas sejam injustas. E injustas são também, historicamente, as organizações políticas e juridicas do país que barram a liberdade, a igualdade, a justiça em si. E contra elas só conseguiremos vitória se houver a união da maioria da população, o que hoje é mera utopia.
Se ambos os lados ganharam com o acordo, houve perdas também para os dois: o governo perdeu uma boa change de conquistar votos, não que os educadores fossem votar em massa em seus candidatos, mas refiro-me ao voto daqueles que acordaram e hoje entendem melhor o lema " Minas aponta o caminho".
Os trabalhadores grevistas perderam a chance de precionar um pouco mais e quem sabe alcançar o piso ou algo próximo ao piso.
Somente o tempo dirá se a assinatura daquele documento mostrado pela direção do sindute na assembléia do dia 25/05 valeu a pena. De repente, como diz o ditado, a pressa pode ter sido nossa inimiga.
Cabe a cada um agora, fiscalizar e cobrar dos representantes da categoria uma ação positiva na mesa de negociações com o Governo. E tendo vencido o prazo, que a categoria seja chamada novamente em praça pública para as devidas apreciações. E se preciso for, reiniciar a caminhada.

sábado, 29 de maio de 2010

As divergências sobre salário pago aos professores de MG

As divergências sobre salário pago aos professores de MG


Agora que a greve dos professores estaduais de MG terminou, vale registrar a divergência entre os dados divulgados pelas secretárias de governo Renata Vilhena, de Planejamento e Gestão, e Vanessa Guimarães, da Educação, e os dados divulgados pelo Sindute-MG.

O que disse o governo?
Afirmava que já pagava o piso de R$ 1.020,00 para 40 horas semanais. Assim, para uma jornada de 24 horas, que é a jornada de um cargo completo dos professores da rede estadual de Minas, estariam pagando R$ 614,00 e que o governo. Afirmaram que o governo estadual pagará, a partir de maio, R$ 935,00.

O que disse o sindicato?
Afirmam que o piso de R$ 1.024,00 sequer foi oficialmente regulamentado por qualquer
decreto. Há uma consulta da Advocacia Geral ao MEC que gerou interpretação não reconhecida pelas entidades sindicais. Sindicalistas sugerem que a correta interpretação do piso, cuja lei prevê reajuste anual de acordo com o percentual dado ao custo aluno-ano na Lei do FUNDEB. O piso para 2010, de acordo com a interpretação da CNTE é de R$1.312,00 para o professor com ensino médio. Assim, mesmo que o governo de Minas pagasse o aludido piso de R$ 614,00, deveria aplicá-lo ao professor com ensino médio (PEB I), que hoje recebe R$ 336,26 e não os R$ 614 anunciados.

A divergência
Pela lógica da secretária Renata Vilhena, os professores PEB2 (licenciatura curta) e PEB3 (licenciatura plena) deveriam receber, respectivamente, pisos de 749,00 e 913,87. Isso somente de piso, sobre cujo valor deveriam incidir as gratificações - biênios, quinquênios, pó-de-giz e progressões.
Contudo, segundo as lideranças sindicais da área educacional, o piso continua sendo os 336,26, que, com o reajuste de 10% vai passar para R$ 369,88 a partir de maio de 2010.

Se você ficou confuso, imagine a população mineira!
http://rudaricci.blogspot.com/2010/05/as-divergencias-sobre-salario-pago-aos.htm

PALÁCIO DOS INVÁLIDOS: POR QUE NÃO? José de Souza Castro (*)

regina-case Vejo essa campanha publicitária do Governo de Minas Gerais sobre o “choque de gestão”, protagonizada pela atriz Regina Casé, da TV Globo, como um sarcasmo contra milhares de professores estaduais mineiros que estão, neste momento, lambendo as feridas da greve de 47 dias por um salário de 1.312 reais por mês. Eles não ganharam nada e, além de queda, coice!

Pois, para esses professores humilhados, só pode soar como sarcasmo o bom humor da atriz, que deve ter motivos excelentes para estar feliz. Por que o governo não divulga qual o valor do cachê pago a ela, para que todos nos regozijemos juntos?

“Você sabe o que é choque de gestão?” – pergunta Regina Casé a um pobre homem, e, para facilitar a resposta, ela faz um amplo gesto com a mão. Ele: “Ah, a Linha Verde!”. Ela: “O viaduto…”.

A câmera, piedosamente, não mostra a cara do homem caindo ao chão.

E o que dizer do papo da atriz com uma turma de alunos de uma escola estadual? Ela fica tão feliz com as respostas à pergunta, que até pergunta se um deles quer casar com ela. (Brincadeirinha: Regina Casé é bem casada com um diretor de televisão.) Que grupo alegre de alunos! Tão diferentes de seus pobres professores…

Mas, como gastar tanto dinheiro com uma campanha publicitária para enaltecer o principal programa do governo Aécio Neves e do candidato dele ao governo de Minas, Antonio Anastasia, se não há dinheiro para melhorar o salário dos professores?

Nenhum mistério aí. Pode-se gastar com a campanha publicitária, porque dinheiro não é problema para isso. Aliás, faltasse esse dinheiro, faltaria também o apoio ao governo, dado tão desinteressadamente pela honrada imprensa mineira.

A Síntese da execução fiscal do governo de Minas, até março de 2010, que pode ser vista aqui, informa: Total da Receita: R$ 10.907.645.916,90. Total da Despesa: R$ 9.128.891.680,00.

Com o saldo de mais de 1 bilhão e 778 milhões de reais no fim do governo Aécio Neves, é possível até construir uma nova Cidade Administrativa e um novo palácio. Afinal, quatro palácios para o governador, é muito pouco.

Falando sério: “choque de gestão” é um emblema muito pequeno para as ambições de Aécio Neves, o homem por trás de Antonio Anastásia. Para quem vem sendo apontado pela imprensa brasileira como o dono dos votos dos mineiros, Aécio poderia escolher como símbolo o Sol. Luís XIV, o construtor do Palácio de Versalhes, para quem “L’État c’est moi”, certamente não se importaria em ver seu símbolo tomado de empréstimo pelo Rei dos Mineiros.

O risco é que seus súditos orgulhosos queiram que Aécio também construa outras coisas que não palácios, a exemplo do rei francês. Por exemplo, um Canal Midi, de 240 km, para transportar para dentro do próprio território mineiro as riquezas aqui produzidas. (Não vale o mineroduto de 530 quilômetros para transportar o minério de ferro da região de Conceição do Mato Dentro até o litoral fluminense e dali para outros países.)

Ou um Hôtel des Invalides. Ah, esse Palácio dos Inválidos, construído pelo Rei Sol, pode ser uma boa ideia a ser imitada aqui, de preferência na capital.

É para lá que poderiam se recolher os professores estaduais, depois de se aposentarem! Ou antes disso…

(*) Jornalista

http://massote.pro.br/2010/05/palacio-dos-invalidos-por-que-nao-jose-de-souza-castro/

REFLITA E DIGA SE É VERDADE OU NÃO


" Tá " Reclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arruda? do Sarney? do Collor? Do Renan? do Palocci? do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos politicos distritais de Brasilia? do Jucá? do Kassab? dos mais 300 picaretas do Congresso? E você?
Brasileiro Reclama De Quê?
O Brasileiro é assim:
1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração
4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.
5. - Fala no celular enquanto dirige.
6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
7. - Para em filas duplas, triplas em frente às escolas
8. - Viola a lei do silêncio
9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.
10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.
12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.
13. - Faz " gato " de luz, de água e de tv a cabo.
14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.
16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.
18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.
22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.
27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.
28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado
29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.
E quer que os políticos sejam honestos...
Escandaliza- se com a farra das passagens aéreas... e acha que a lista acima é normal, é ser esperto.
Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não?

Brasileiro reclama de quê, afinal?
E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!
Vamos dar o bom exemplo!!
Espalhe essa idéia!
"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos..."
Amigos!
É um dos e-mails mais verdadeiros que recebí!
A mudança deve começar dentro de nós, nossas casas, nossos valores, nossas atitudes!
"Não sei.. se a vida é curta ou longa demais para nós. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos no coração das pessoas."

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Assembleia Estadual - 25 de maio de 2010.

A assembleia decidiu pela interrupção da greve até que as negociações da comição paritária sejam concluídas no prazo de 20 dias mais 5 dias para ser apresentado na Assembleia Legistativa de Minas Gerais. A decisão pela interrupção da greve foi muito apertada, mas foi decidido de forma democrática, mostrado que o movimento foi muito forte e com mérito para a nossa categoria. O documento apresentado para apreciação da categoria foi este abaixo, clique no documento para vusualizá-lo m
elhor.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Professores votam pelo fim da greve

Boa noite pessoal!

De acordo com o que foi apresentado pela Beatriz Cerqueira, acordo com o governo, a Assembléia Geral de professores aprovou suspensão da greve. A comissão, formada entre governo e sindicato, terá 15 dias para elaborar a anexação das vantagens ao piso e o estudo de mecanismos para se chegar ao piso nacional reivindicado por nós.

Veja a noticia do jornal hoje:

Depois de 47 dias, professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais aprovaram o fim da greve na tarde desta terça-feira (25). A decisão, segundo primeiras informações, foi apertada. Pelo menos oito mil professores, reunidos no pátio da Assembleia Legislativa, participaram da reunião. Não há informações definidas sobre o reinício das atividades.

Com esse posicionamento, os grevistas aceitam, pelo menos por enquanto, a proposta do Governo de Minas. Nenhum reajuste salarial será imediatamente implantado. A proposta do Governo é formar, em até 20 dias, uma comissão para estudar o plano de carreira da categoria. Com isso, é provável que haja alteração do piso salarial.

A greve dos professores começou no dia 8 de abril e foi considerada ilegal pela Justiça de Minas Gerais. O Estado, desde a semana passada, estava autorizado a convocar profissionais para assumir, temporariamente, as vagas dos grevistas. No documento a se assinado ainda hoje por representantes das duas partes, o Governo se compromete a não fazer qualquer tipo de represália contra os grevistas, como corte nas férias ou pagamentos. Também não haverá demissão de professores. Outro ponto de destaque é o pedido, por parte do Estado, de anulação da decisão judicial que considerou a paralisação ilegal. Caso o Tribunal de Justiça reverta a ordem, a categoria fica desobrigada de pagar multa pelos dias parados.

Hoje a assembleia


Hoje acontece a assembléia estadual dos educadores em Belo Horizonte, onde será definido os rumos da greve.

Já estou apreensivo, pois não sei se o SindUte irá ou não ser a favor da continuidade, pois sei que para a Coordenadora Geral do Sindicato, Beatriz Cerqueira, não é fácil aguentar a pressão de pessoas poderosas e ainda se preocupar se poderá haver demissão de vários trabalhadores. Por um outro lado, em uma assembléia quem decide são os professores em votação, e pelo que vejo, a maioria não aceita voltar para sala de aula de cabeça baixa, depois de tanta luta.
E o governo de NADA AJUDA, não deve ter filhos nas escolas públicas. Pelo que estou sabendo das propostas, nenhuma é referente ao real objetivo que levou ao inicio desta greve, veja as propostas:
O professor que esteve em greve irá receber o salário que foi descontado, quando repor as aulas (isto é uma lógica, quem vai trabalhar de graça);

O funcionário não será punido, ou seja, demitido ou perder pontos na tal "avaliação de desempenho" (para comprovar uma ditadura só falta demitir funcionário em greve, aí é pisar na Constituição, porque rasgada ela já foi);
Realizar concurso público (contratar funcionário agora virou benefício para educador? esta eu não entendi ?????);
Consultar a comunidade escolar para escolher os candidatos a direção de escola (também não entendi o que tem haver com a valorização do educador ???? );
Não sei se tem mais, ou se estas continuam, as propostas que citei eu consultei no site da Secretaria de Educação, mas já dá pra ver que na prática NADA MUDA!
Apesar das ameaças, acho que não lutamos tanto para continuarmos naMESMA, estou torcendo para que a greve continue!
O governo diz que está preocupado com a alimentação e segurança das crianças, se tivesse já teria aberto negociação a muito tempo, pois este impasse já vem a mais de 1 ano.
A população não é boba!

Acordo entre governo e grevistas pode colocar fim à greve

Amigos, hoje teremos uma assembleia em Belo Horizonte. Vamos aguardar o que de bom fluirá desta. Devemos acreditar na força maior que é Deus e confiar na capacidade do nosso sindicato que está bravamente nós honrando. Enquanto isso vamos nos contentando com as noticias do jornal hoje em dia que é muito bem vindo e que está de parabéns em suas reportagens...

Vejam:

No encontro, na Assembléia Legislativa, foi tirado um 'Termo de Acordo' que promete levar professores e alunos devolta para sala de aula

Representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute) se reuniram, na noite desta segunda-feira (24), com a Secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, para elaborar um acordo para colocar fim a greve dos professores estaduais, que já dura 48 dias. Conforme o Governo, desta reunião, saiu um Termo de Acordo que promete por fim à greve. O documento será apresentado na assembléia dos professores nesta terça-feira (25), às 14 horas na Praça da Assembleia, onde os professores decidirão se darão continuidade à greve.

Entre os itens que estão no acordo, consta a criação de um grupo paritário que vai estudar um meio de incorporar as vantagens dos professores ao salário real, num prazo de 20 dias. Depois disso, em 10 dias será apresentado como Projeto de Lei.

Outro ponto presente no documento é que não haverá corte de ponto nem prejuízo funcional à categoria. Além do Governo se comprometer a pagar os dias cortados em folha complementar ainda no mês de junho, isso se os professores decidirem pelo fim da greve.

Pais temem que greve persista

Pais de estudantes de escolas estaduais em greve estão cada vez mais preocupados com a situação dos filhos. Há 48 dias sem aulas, eles temem que os estudantes fiquem atrasados em relação aos colegas de escolas particulares e das públicas que não estão em greve.

A auxiliar administrativa Anísia Dias dos Santos, 47 anos, está preocupada com o futuro do filho de 12 anos, estudante da Escola Estadual Caminho à Luz, no Bairro Esplanada. Sem ter com quem ficar, enquanto ela e o marido trabalham, o adolescente fica sozinho em casa, diferentemente do que acontecia quando estudava, já que chegava em casa por volta das 18 horas, meia hora antes da chegada de Anísia e do marido. “Eu falo com ele que é para rever o que já aprendeu, mas ele fica soltando papagaio o dia inteiro”, diz Anísia, que admite passar o dia preocupada com o filho.

Os professores reivindicam o piso salarial nacional de R$ 1.312, 85 para jornada de 24 horas. O Governo de Minas Gerais se recusa a dar o reajuste, alegando que o aumento de 10%, que elevou o vencimento de R$ 850 para R$ 935, é maior do que o piso nacional e que nenhum reajuste pode ser feito agora, já que extrapolou o prazo determinado pela lei eleitoral.

“Além da violência do baixo salário com piso miserável de R$ 580, temos a violência do cotidiano na escola. Somos agredidos fisicamente, diariamente”, contou uma professora que não quis ser identificada. Ela já sofreu agressão física na escola de uma aluna e tem medo, até hoje, de trabalhar devido às constantes ameaças. “Fiquei seis meses fazendo tratamento psicológico e, até hoje, tomo remédio controlado para conseguir dormir”, diz.

Depois de ser agredida verbalmente pela estudante, a aluna a agrediu com pontapés e socos. O caso foi parar na delegacia e, depois, no Juizado de Conciliação. “Entrei com vários pedidos na Secretaria de Educação para sair da escola, mas ninguém fez nada”, disse.

A escola fica na Região de Venda Nova e não é apenas esta professora que sofre com a violência. Outros professores estão com uma doença chamada Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional.

No último sábado, dia 22, o governador Antonio Anastasia (PSDB) descartou demitir os servidores da Educação, mas reforçou a possibilidade de contratar substitutos temporários. Um dia antes, o Tribunal de Justiça permitiu que o Governo contratasse professores para que os alunos pudessem retornar às aulas.

Na semana passada, em uma decisão liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), no dia 20 de maio, o desembargador Alvim elevou de R$ 10 mil para R$ 30 mil a multa diária para o Sind-UTE/MG no caso de manutenção da greve dos professores. Também foi determinado o bloqueio de R$ 130 mil das contas bancárias do sindicato referentes aos valores de multas diárias entre os dias 7 e 19 de maio.

Anteriormente, no dia 6 de maio, o desembargador Wander Marotta, que já havia declarado a greve ilegal, determinou o retorno imediato dos professores sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

“Não que eles (professores) não mereçam aumento salarial, mas também têm que pensar na educação das crianças”, afirmou Anísia. “Acho que os professores estão empurrando o ensino com a barriga. Deveria ser uma reforma total”, acredita a mãe.

Enquanto isso, ela torce para que os educadores voltem às aulas, afinal, não tem condições de pagar pelos estudos do filho. “Além disso, para a gente procurar outra escola estadual, que não esteja em greve nesse momento, é difícil porque, de qualquer forma, meu filho ficará atrasado em relação aos outros alunos”, reclama.

Na última terça-feira, cerca de 6 mil professores, depois de decidirem pela continuidade da greve, fizeram uma passeata da Praça da Assembleia até a Igreja São José, no Centro de Belo Horizonte, causando transtornos no trânsito da capital. Nesta terça, caso os grevistas decidam pela continuidade da paralisação, o problema pode se repetir.

MEC cria "Enem" para selecionar professores

Bom dia, pessoal!

Leiam essa reportagem do jornal hoje em dia:
MEC cria "Enem" para selecionar professores

Exame será realizado anualmente, com aplicação descentralizada das provas; a participação será voluntária


O Ministério da Educação (MEC) instituiu hoje um concurso para avaliar professores interessados em trabalhar na rede pública. A primeira edição do chamado Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente deverá ocorrer em 2011. Poderão participar educadores do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e da educação infantil.

Segundo o MEC, o programa foi criado a partir da demanda de Estados e municípios. Com os resultados, as secretarias de Educação não precisariam realizar concursos públicos para contratar professores - bastaria usar as notas do exame como critério de seleção.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) será responsável pelo programa, que funcionará nos moldes do atual Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): o professor faz a prova e depois pode utilizar as notas para ingressar em diferentes redes que aderirem ao processo seletivo. A forma de utilização dos resultados será definida por cada secretaria.

Uma consulta pública sobre o exame está aberta desde a última quarta-feira no site do Inep, e ficará no ar durante 45 dias. Professores, universidades, Estados e municípios podem contribuir com sugestões sobre o que um educador deve saber no momento do ingresso na carreira do magistério.

De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União, o exame constituiu uma "avaliação de conhecimentos, competências e habilidades". O exame será realizado anualmente, com aplicação descentralizada das provas. A participação dos professores será voluntária, mediante inscrição.

O Inep montará um banco de dados e emitirá relatórios com o resultado do exame, que serão disponibilizados para instituições de ensino superior, secretarias de Educação e pesquisadores.