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quinta-feira, 13 de maio de 2010

GREVE DOS PROFESSORES: UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

Depois de 36 dias de greve dos professores da rede estadual de ensino, surge, finalmente, uma luz no fim do túnel.
Uma reunião nessa manhã, na Assembleia Legislativa, botou ao redor da mesa a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena; o subsecretário de Estado de Gestão, Frederico Melo; a coordenadora-geral do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, duas diretoras regionais do sindicato e mais 17 deputados estaduais.
A intermediação parece ter funcionado. Pelo menos nas declarações: Renata Vilhena garantiu que não haverá demissões e que será emitida folha extra de pagamento, caso não seja possível cancelar o corte nos salários; propôs a criação de um grupo de trabalho para estudar a revisão na carreira de professores e servidores da Educação, com a incorporação das gratificações existentes ao vencimento básico.
Essa é, aliás, uma das maiores expectativas dos professores, que reclamam da diferença entre o que é efetivamente vencimento e o que recebem no fim do mês.
Já Beatriz Cerqueira afirmou que vai ser feito um calendário de reposição de aulas e que as propostas do Executivo serão apresentadas na próxima assembléia, terça feira da semana que vem – o que é uma pena, porque a greve já vai longe e talvez fosse o ideal convocar uma assembleia extraordinária e tentar resolver logo o impasse. Ela reconhece que a reunião de hoje foi um passo importante na retomada do diálogo e um avanço nas negociações.
Essa greve é um incômodo para toda a sociedade.
Para os professores, uma luta difícil pelo reconhecimento de uma das categorias profissionais mais importantes para um país que quer ser sério.
Para os pais de alunos, um drama de ver a educação dos filhos prejudicada, o ensino atrasado, o calendário afetado, toda uma programação familiar atingida por uma paralisação com duração acima do tolerável.
Para o governo, a exposição de mazelas da administração pública que passam despercebidas para a maioria das pessoas.
E para o governador, propriamente falando, uma saia-justa. Logo ele, que também é professor. Antônio Augusto Anastásia é homem de respeito, com uma história digna e uma carreira brilhante no serviço público, agora pressionado por um movimento grevista com grande capacidade de mobilização. E que cresceu à medida em que os dias se passaram, diferentemente de outras greves que se esvaziam na mesma proporção em que se alongam.
Cresceu a ponto de peitar a própria Justiça e a determinação de volta imediata ao trabalho, porque considerada greve ilegal.

Hadson Santiago Farias

"Somente duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. E não estou seguro quanto ao primeiro..."
(Albert Einstein)

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